Será que a autoestima e a autoconfiança são características exclusivas das jovens, ou elas podem fazer parte do repertório das mulheres em todas as fases da vida? Ao observar de perto, percebe-se que esses aspectos não dependem necessariamente da idade, mas sim do estilo de vida, do convívio familiar e das relações sociais que se estabelecem ao longo dos anos.
Apesar de muitas vezes associarmos a maturidade a uma maior segurança interna, não é raro encontrarmos mulheres maduras que ainda lutam contra a baixa autoestima. Isso pode levar ao medo de perdas, principalmente do amor e do pertencimento.
Infelizmente, essa realidade pode persistir, minando a autoconfiança e fazendo com que muitas mulheres acabem vivendo exclusivamente em função de seus familiares, esquecendo-se de si mesmas. Portanto, surge a questão: como conciliar a ajuda aos outros com a atenção a si mesma?
Para recuperar o amor-próprio, a autoconfiança e a autoestima, é essencial que as mulheres maduras reconheçam que são merecedoras de respeito, admiração, amor e atenção. Elas devem, portanto, se priorizar, olhar para seus desejos e necessidades, e não se anularem em função dos outros.
É comum ajudar na educação e cuidados dos netos quando as filhas trabalham em período integral. Contudo, é importante não permitir que essa ajuda se transforme em uma responsabilidade 24 horas por dia, limitando sua própria vida.
Afinal, viver em função da família que a filha criou pode resultar em uma perda de identidade e autonomia, o que eventualmente leva ao esgotamento emocional e à diminuição da autoestima. Ademais, ao assumir as responsabilidades que deveriam ser dos outros, a mulher pode impedir que seus filhos assumam o controle de suas próprias vidas.
Coisas simples, como se nutrir com uma boa conversa com uma amiga, dar atenção às próprias necessidades e desejos, dar atenção ao companheiro ou, no caso de estar sozinha, abrir-se para um novo relacionamento, são fatores importantes para uma vida saudável e um amor-próprio preservado.
A atitude de anular-se e de colocar as necessidades dos outros acima das suas, ao longo do tempo, vai minando a autoestima, a autoconfiança e a saúde emocional de forma imperceptível, até que, em certo ponto, o corpo reflita toda essa insatisfação e somatize alguma doença.
Dessa forma, é necessário que as mulheres maduras assumam a autorresponsabilidade por suas vidas. Para tanto, é importante fazer uma análise profunda das crenças limitantes, questionar as desculpas que surgem para justificar a falta de autocuidado e fazer novas escolhas que conduzam a uma realidade mais equilibrada e satisfatória.
Caso não consiga fazer isso por si mesma, é fundamental buscar ajuda profissional. Hoje, existem profissionais e terapeutas das mais diversas orientações para ajudar na autodescoberta que transforma vidas.
Um grande e fraterno abraço,
Pense nisso!!!
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