Será que você está presa ao que não funciona?
Muitas vezes me perguntam: “Por que, aos 73 anos, você ainda estuda, trabalha e se dedica tanto? Não seria hora de desacelerar?”.
Minha resposta é clara: porque eu já vivi muito, mas nem sempre vivi bem. Foram perdas, frustrações, traições e desafios, alguns superados, outros que deixaram marcas profundas.
Sei que não tenho mais tempo a desperdiçar insistindo no que não dá certo.
Por isso, hoje tenho pressa: pressa de ser feliz, pressa de construir o que ainda faz sentido, pressa de viver com propósito.
Durante anos carreguei crenças limitantes que me fizeram acreditar que não era capaz ou merecedora.
Essas crenças, como explica Albert Ellis, criador da terapia racional-emotiva, distorcem a realidade e nos aprisionam em sofrimentos desnecessários.
Demorei, mas aprendi que a felicidade não é sorte nem acaso: ela se constrói com escolhas conscientes, novos aprendizados e ressignificação do que vivemos.
A neurociência confirma isso: segundo Carol Dweck, nosso cérebro é moldado pelo mindset. Se acreditamos que não podemos mudar, ficamos paralisadas. Mas, se cultivamos uma mentalidade de crescimento, criamos novos caminhos neurais e abrimos espaço para transformar nossa história, não importa a idade.
Minha própria trajetória é prova disso.
Tive uma empresa com mais de 20 funcionários, enfrentei dificuldades financeiras, precisei recomeçar várias vezes. Cada queda poderia ter me aprisionado no vitimismo, mas escolhi o caminho do conhecimento.
Estudo há décadas sobre comportamento humano, autoestima e autoconhecimento. E cada descoberta me fez mais serena, confiante e agradecida.
Hoje, estudo e trabalho não por obrigação, mas por alegria.
O que aprendo, eu transbordo. Minha missão é ajudar outras mulheres a se libertarem do medo, da ansiedade e do vitimismo, para que encontrem em si mesmas a liberdade de viver plenamente. Isso não é apenas trabalho. É missão de vida.
Não tenho tempo para amarguras ou lamentos. O passado já foi. O futuro é incerto. O que importa é o presente, e nele eu tenho pressa de ser feliz.
E você? Tem vivido com pressa de ser feliz ou ainda está insistindo em repetir o que já não faz sentido?
Conta para mim, quero muito saber a sua visão.
Lourdes B Ganzeli
Mentora em Desenvolvimento Humano e Inteligência Emocional
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